Hipnose Regressiva


Gosto muito de comparar a nossa existência à figura de um iceberg, uma pequena ponta que surge acima da superfície do mar, e um enorme espaço existente embaixo da água que muitas vezes desconhecemos conscientemente ou sem que nos apercebamos fazemos força para que não volte à nossa consciência.

Esse ponto visível é “o sintoma, ou a queixa”. O restante são todas as experiências que já tivemos antes. Portanto vamos considerar que o sintoma nada mais é do que uma memória que quer ser vista.

Nada surge do acaso, tudo tem uma origem e a hipnose regressiva, de uma forma muito profunda, busca a origem do sintoma. A causa pela qual ele surgiu.

Mas não é apenas isso. Uma vez detectada a origem, o terapeuta faz todo um trabalho de organização da memória. Ainda que não possamos refazer os fatos do passado, utilizando-nos da plasticidade da mente, podemos reescrevê-los e integrá-los de maneira harmônica com o restante dos nossos conteúdos, de forma a não mais interferirem em nosso bem estar.

Durante um processo regressivo o que se observa é que surgem memórias da juventude, da infância, da nossa estada intra-uterina e até mesmo memórias muito antigas das quais não podemos provar a sua origem. No entanto, podemos hipotetizar: Será que são memórias genéticas? Será que são criações de nossa mente? Será que são memórias de uma mente universal?

Nada disso importa. Se na memória está contido o nosso trauma é nela que trabalharemos neutralizando todas as pontes somáticas.

Induções